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Impressões da Índia

Quando voltei da India, em janeiro de 2007, prometi para alguns alunos contar um pouquinho do que vivenciei por lá. Escrevi minhas primeiras impressões e aproveito para compartilhá-las também com vocês. É apenas uma pequena mostra entre muitas histórias, situações e cenas que merecem ser registradas.

A India toca nossos sentidos. Primeiro, foi o olfato. Nunca vou me esquecer da mistura de aromas que senti logo ao sair do aeroporto de Mumbai, de madrugada (lenha, mato queimado e especiarias). Comentei com o João, professor de Yoga que já havia estado lá outras vezes: “Hum, que cheiro bom!” E ele respondeu: “Esse é o cheiro da India” Gostei logo de cara.

No dia seguinte, foi o primeiro contato com a “sinfonia das buzinas”. Em Lonavla, levei muitos sustos e buzinadas no ouvido até me acostumar com o trânsito caótico e, ao mesmo tempo, incrivelmente organizado... Andar de rickshaw foi uma aventura!

Outra coisa que marcou foi a elegância das indianas com seus sáris coloridos de encher os olhos. Senti que todas nós, mulheres, aprendemos muito com elas e voltamos ainda mais femininas.

A doçura dos indianos também é marcante. Vem de todos os lados. Do pedinte na rua ao Dr. Nisal, médico de um ashram fundado pelo Gandhi em Puna, que recebeu nosso grupo como quem recebe os filhos que voltam pra casa depois de muito tempo.

Foram muitas experiências, únicas, pores-do-sol deslumbrantes, céu estrelado como há muito tempo eu não via. Com aquela atenção plena que a Monja Coen comentou tantas vezes durante a viagem.

Como podem imaginar, também vi pobreza e sujeira, claro. Mas, muito mais forte é a experiência do contato com esse mundo diferente, que parece se situar em outra dimensão do tempo e do espaço.

Nunca vou me esquecer da palestra com Iyengar, do abraço da Amma, do nascer do sol no Taj Mahal, do rafting e do mergulho gelado no Gangá (Ganges), em um trecho onde o rio ainda é límpido, do elefante na beira da estrada, da vaca dentro da estação de trem, das baratinhas subindo pela parede de um cinema em Delhi, das inúmeras aulas de Yoga, do carinho das pessoas que conheci pelo caminho.

Tudo isso vai ficar para sempre na memória e no coração!

Namastê!

Beijos,
Adi

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