De pernas pro ar em busca de serenidade

17/06/2011 - Por Adriana Ramos

Viparita karani é uma daquelas posturas que a maioria dos alunos adora. No final de uma prática intensa, este ásana restaura a energia e traz uma tranqüilidade indescritível. O que a maioria não sabe é que os benefícios de viparita karani ao nosso organismo vão muito além dessa sensação de bem-estar e, o melhor, a postura pode ser praticada sozinha, depois de um dia cheio. Que tal reservar 15 minutos do seu tempo para ficar um pouco em silêncio e se recuperar do cansaço em viparita karani?

Além de restauradora e relaxante, a postura fortalece o sistema imunológico, aumenta a autoconfiança, regula a pressão arterial, alivia falta de ar, asma, bronquite e problemas de garganta, ajuda no tratamento de desordens nos rins, e vitaliza as pernas. Segundo o mestre B.K.S Iyengar, viparita karani significa "lago invertido" em sânscrito e está baseada na convicção de que sangue e hormônios circulam melhor através do corpo quando estamos invertidos.

A postura é contra-indicada para mulheres grávidas ou no período menstrual e para pessoas com glaucoma, refluxo gástrico ou doenças cardiovasculares. Como a variação final é difícil para iniciantes, a ajuda de acessórios torna este ásana mais fácil e calmante, o que nos permite uma permanência maior.

Se você já é praticante, vamos ao passo a passo para relembrar.

  1. Para preparar a postura, coloque a borda do colchonete encostada na parede. Depois, ponha o bolster (almofadão) - ou dois cobertores firmes enrolados na forma de bolster - cerca de 15 cm de distância da parede, no sentido do cumprimento da parede. Você pode colocar um bloquinho entre a parede e o almofadão para garantir essa distância.
  2. Sente-se sobre a ponta esquerda do almofadão, de lado para a parede, de forma que a parede fique do seu lado direito. Simultaneamente, apóie as mãos no chão e vire quadril e pernas na direção da parede, elevando as pernas e se sustentando com as mãos. Apóie os cotovelos e depois as costas e a cabeça no chão.
  3. Tente aproximar os glúteos da parede, de modo que o alongamento do músculo isquiotibial permita que o cóccix relaxe. Quando isso acontecer, o umbigo e o osso púbico devem estar no mesmo nível. Se sentir os músculos isquiotibiais muito rígidos, deslize o corpo e mova-se um pouco mais longe da parede. Lembre-se de que essa postura é para abrir e relaxar, não para alongar os ísquiostibiais, portanto a parte posterior das pernas não precisa, necessariamente, ficar contra a parede.
  4. Assegure-se de que o bolster esteja apoiando a lombar e últimas costelas, e que as pernas estejam estendidas e apoiadas confortavelmente na parede. Quando fizer isso, a coluna torácica formará um arco, o esterno levantará e a respiração ficará livre. Apoiando o arco da coluna torácica, você criará um arco moderado na lombar também.
  5. Você pode amarrar uma cinta ou tira em volta das pernas para facilitar o relaxamento na postura. Deixe os braços ao lado do corpo, com as palmas para cima, de modo que fiquem abertos e descansem confortavelmente. Permaneça na postura por um período de 5 a 10 minutos. Depois, flexione as pernas, eleve o quadril e retire o bolster. Vire para o lado, descansando por algumas respirações antes de sentar-se.

Boa prática!

Fontes: livro Anatomia da Yoga, de Leslie Kaminoff, Revista Yoga Journal e livro B. K. S Iyengar - The Path to Holistic Health.


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